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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Não nos preocupemos; ocupemo-nos com a nossa vocação


Somos templos vivos do Espírito Santo. E como buscamos embelezar este templo, exteriormente falando! E como nos admiramos de tanta beleza que criam para enfeitar esse templo, que somos cada um de nós!

Mas qual é a maior beleza que pode existir, que é eterna, e que não desaparecerá, visto que não ficará pedra sobre pedra? A nossa vocação é a maior preciosidade, a qual nos garante eternidade e que podemos ter e viver. O resto: tudo passa e passará. Viver a nossa vocação é a resposta mais acertada, enquanto presença da graça e da força do Espírito Santo, que poderá nos defender e nos proteger contra tudo aquilo que faz com que o plano de Deus não aconteça em nossa vida.

A vocação – seja qual for ela -, objetivamente é o maior valor que podemos possuir, pois ela é o caminho da plenitude da felicidade e realização de cada um de nós. É nela que se manifesta o plano do amor de Deus na vida de cada um de nós. Todavia, porém, subjetivamente – a partir de cada um de nós, a vocação terá o valor e a qualidade para cada um, fundamentado naquilo que viemos a deixar, para que pudéssemos vivê-la. Explico:

Objetivamente: a vocação é o grande dom de Deus a nós; é o chamado do Senhor feito a nós, para que, percorrendo um caminho específico, venhamos a nos realizar plenamente em todos os sentidos da nossa vida.

Subjetivamente: o que deixamos para seguir este caminho diante do convite de chamado do Senhor? Deixamos muitas ou poucas coisas? Isso que deixamos possui um valor incomensurável? Pois quanto mais valioso é aquilo que deixamos, tanto mais valioso vai se tornar a vocação para nós.

Nunca me esqueço do que fui convidado a deixar para seguir o caminho do sacerdócio: estava prestes a me casar, quando tive de abrir mão de um relacionamento com uma noiva maravilhosa; um futuro brilhante no exército; quando fui para o seminário, deixei o meu pai, que estava canceroso, em casa; tive que deixar a minha família e tantas outras coisas, “riquezas”, para ir em busca do tesouro de maior valor, aquele terreno de que fala o Evangelho.

Hoje, percebo que seria muito feliz e realizado se não tivesse dado meu “sim” para o Senhor e tivesse constituído uma família em Deus. Todavia, não seria plenamente feliz e realizado; plenamente feliz e realizado estou hoje: como pessoa, como sacerdote, como missionário na Canção Nova, pelo fato de estar na vontade de Deus.

Muitas vezes, me deu vontade de desistir. Mas por que não consegui desistir? Porque tudo aquilo que me impulsionava a desistir era infinitamente menor do que os valores que deixei, fazendo com que minha vocação se tornasse o maior tesouro, maior até mesmo que tudo o que deixei.

Aquilo que deixamos, com amor e de forma generosa, quando o fazemos para alegrar o Coração de Deus, é justamente isso que dará valor – para nós – à vocação para a qual o Senhor nos chama. Para dizer que vale a pena deixar nossas “preciosidades” para adquirirmos a Riqueza por excelência: Deus e Sua vontade em nossa vida.

Quantos resolveram optar pelas suas preciosidades e as deixaram de trocar pelo Tesouro maior, que é Deus e Sua vontade e, por isso, trazem por toda a vida uma decepção profunda por não poder estar no lugar certo, sendo aquilo a que foram chamados pelo Senhor. Sim, são felizes, porém, não são plenos; sempre trazem consigo a certeza de que, se tivessem respondido de forma diferente, seriam plenamente felizes.

Vocação acertada é a certeza absoluta de vida plenamente feliz e realizada! Como saber se estamos na vocação certa e qual a nossa vocação? Seja de Deus, íntimo d’Ele! Como consequência dessa intimidade acontecerá a manifestação de um Deus, que é Pai e que manifesta Seu plano de amor para cada um de nós.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova